TIM poderá ser proibida de vender novos planos, diz ministro
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ameaçou nesta quinta-feira
(12) a TIM com uma possível suspensão de venda de novos planos de
telefonia móvel, caso a operadora não acelere os investimentos em suas
redes para melhorar a qualidade do serviço em algumas regiões do País. O
ministro criticou a empresa pelo alto volume de reclamações em órgãos
de defesa do consumidor, e disse que em pelo menos seis Estados o
serviço da companhia está abaixo do esperado. "Ou a TIM investe e
melhora o serviço, ou vamos proibir a venda de novos planos. Vamos ter
de assinar um termo de compromisso com a companhia, na Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel)", disse. Segundo
Bernardo, o governo dará um prazo para a TIM adotar medidas para
reduzir número de reclamações. "Não somos radicais e não queremos tomar
uma medida duríssima. Mas se tiver que fazer, vai ser feito. Não posso
simplesmente fechar os olhos", disse. O
ministro argumentou que o número de reclamações no Ministéro das
Comunicações contra a operadora é muito alto. Segundo o Procon, as
empresas de telefonia móvel estão entre as que geram o maior número de
reclamações dos consumidores. Em junho, o Procon-SP disse que recebeu
mais de 5 mil reclamações sobre o setor, a maioria das empresas Claro e
TIM. Segundo o Procon-RJ, a TIM é a quinta empresa com o maior número de
reclamações, atrás do Ponto Frio, Oi, Embratel e Claro.
Ações da TIM caem nas bolsas - As
declarações do ministro Paulo Bernardo fizeram com que as ações da TIM
despencassem na Bovespa. Na tarde desta quinta-feira, a ação da TIM caía
mais de 7%, sendo comercializada a R$ 9,89. Nas bolsas europeias, as
ações da TIM caíram 6,5%, influenciadas pelo anúncio na Brasil mas
também por temores de uma retração global.
Resposta da TIM - Por meio
de nota, a TIM alegou desconhecer a informação sobre a assinatura do
termo junto à Anatel e destacou que o acompanhamento da prestação do
serviço é uma prática rotineira da agência junto às empresas do setor.
"A operadora está à disposição do órgão regulador para tratar de
eventuais deficiências suscetíveis à rede de uma operadora móvel".
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